Para a posteridade. Só.
As relações Humanas são estupidamente complicadas. Eu gosto de Humanos. Gosto de beijar, de apertar a mão, de abraçar, de afagar cabelos, de sorrir, de SENTIR. Gosto de "gostar". Gosto que gostem de mim. Tão verídico como esta redundância. Não acho lá grande piada é à "morfologia" dos sentimentos. Os sentimentos deveríam de ser como o corpo. Terem uma existência física, constituintes, cada um no seu lugar, muito bem arrumadinhos e que, no plano geral, encaixariam na perfeição. Assim poderíamos distribuir as pessoas que "tocam" a nossa vida, por cada um dos orgãos. Não era necessário optar: ou só um, ou só o outro. Podería tê-los a todos, ainda que em locais diferentes. Mas não é nada assim. Temos de ter o "egoísmo" de fazer selecções, dinstinções. E, entre tanta tarefa, podemos perder um desses nossos tão preciosos orgãos. Eu perdi. O orgão que me ensinou a observar as estrelas, a entendê-las como nunca ninguém me ensinara, e que roubou uma estrela só para mim. Dele, resta-me apenas essa estrela. E ela, - e o que eu mais sinceramente desejo no meu íntimo neste momento - tal como ele, continua a sorrir-me lá de cima. Não se foi embora.