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Tens a loucura que a manhã ainda te traz

Este blog resume-se, basicamente, aos meus devaneios mentais.

Tens a loucura que a manhã ainda te traz

Este blog resume-se, basicamente, aos meus devaneios mentais.

29
Nov11

«Eu, tão bicho do mato, nunca distingui entre a amizade e o amor»

Catarina Watson.

 

A Terra, sistematicamente, gira durante 24 horas, 365 dias por ano. O Inverno sucede-se ao Outono, as andorinhas migram, as marés vazam e enchem. A natureza está programada para mudanças, mortes e rejuvenescimentos. Já o Homem, bem, o Homem nem tanto. Estás a ver quando era suposto saberes recitar a melodia de um búzio, saberes o número de estrelas que existem no céu, estares no outro lado do Mundo e, afinal, ainda por cá continuas?

Pronto, é isso a que se resume a minha vida, são os meus sonhos, desejos e pesadelos. E, ao que parece, estes últimos teimam em não me largar.
20
Nov11

It´s the end of the fairytale, dear Z.

Catarina Watson.

Hoje, por muito estranho que isto possa soar, estive a falar com a Z. Começámos por falar do assunto «tabaco» (nada clássico, como podem ver). Assim que eu pronunciei esta maldita palavra, ela exaltou-se comigo, como nunca a tinha visto antes.

Começou por me dizer que não me queria ver mais com o A., que não era o tipo de amigo que eu devería ter, que andava envolvido com outras substâncias mais perigosas (nada, também, que ninguém não soubesse já) e, portanto, acabavam-se as saídas e todo e qualquer tipo de contacto com ele. (Pobre rapaz, há já um x de tempo que nem nos falamos).

Eu, na minha complacente ignorância, limitei me a dizer: Mas Z., não achas que eu sei pensar por mim própria? Acho que a pergunta que deverias ter feito, não é "Quem" «fuma», mas antes, "Quem" não «fuma». É que se eu alguma vez tivesse sido irresponsável, ou prejudicado alguém... Caramba, ainda sei fazer as minhas escolhas!

Mas ela, cerrou-me com um: "Estás avisada."

Uh, o quão perturbador pode ser esta palavra. Não, sinceramente, o mais revoltante, é que para além de todas as provas que lhe tenho demonstrado ao longo de tanto tempo, a Z. não me conhece minimamente. Somos duas estranhas que se fingem conhecer desde sempre.

Será que ela acredita mesmo que ainda se é possivel viver naquele conto de fadas, há tanto por ela idealizado? Ou será que é o amor que nos acorrenta àqueles de quem mais gostamos que nos impede de acreditar naquilo que tememos acreditar?

Lamento, Z., mas eu cresci, mudei, mas o Mundo também. E, afinal, já não existem contos de fadas.

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