Ora isto sou eu a terminar o meu dia, depois de passar uma tarde a vegetar entre cama/sofá/tv acompanhada de gelado. Nem coragem tive para me vestir e ir pelo menos uma hora até à biblioteca porque, por aqui, concentração anda dificil.
Agora sim, começo a pensar realmente que vou ter exames e que talvez fosse boa ideia começar a deixar a preguiça de lado.
Ainda há pouco andava pelo nosso tão querido facebook, quando dei de caras com um "um dia de felicidade que consigo. tinham de ser os meus pais a acabar com ela" (com uma data de erros pelo meio - mas isso, por aqueles lados, é o «pão nosso de cada dia»), de uma miúda aí com os seus 12 anos.
Imediatamente, começaram a nascer "estados", de pessoas muito mais velhas- cuja idade deveria ser sinonimo de sensatez- em jeito de resposta, do tipo " muitos nem pais têm, devias saber dar valor".
OK, ok. Vamos por partes: apartir do momento em que aceito meros "conhecidos", sujeito-me a deparar-me com estados destes, adolescentes que se revoltam contra o Mundo, amigas que se amam muito, namoros cuja eternidade corresponde a 5 dias. Sim, de facto, a culpa é minha, porque aceito tais personagens.
Mas, sinceramente, o que me incomoda mais nem são essas manifestações "sentimentais" de adolescente, não. O que me incomoda profundamente, é ver que adultos ou pessoas significativamente mais velhas atribuem tamanha importância a tais coisas, ao ponto de se manifestarem perante amigos e desconhecidos.
Poderia falar aqui dos "adultos" cada vez mais precoces; Poderia falar na exposição exagerada de algumas crianças; Poderia falar de muita coisa, realmente.
No entanto, o que eu fiquei a matutar foi que - claro que devemos valorizar aquilo que temos e ter o discernimento de analisar aquilo que merece, ou não, a nossa apreciação - mas por favor, cada qual como cada qual.
Afinal de contas- com algumas mudanças devido à era tecnológica em que nos enquadramos- a adolescência sempre se caracterizou por manifestações de rebelia, intensa energia, vontade de viver, pela efemeridade de sentimentos; apenas se passou a servir de meios diferentes para os expressar.
Daí a minha dúvida persistente: Para quê valorizarem isto? São adolescentes, oh santo deus.
Estão a ver aquela sensação de quando passam um tempo fora, regressam e parece que tudo mudou? O pior, é que tu não encaixas. A tua presença deixa de ser necessária, tornas-te um adereço prescindivel. Pois. É exactamente isso que eu sinto.
Comigo, além de horários trocados e de malas à espera de serem "arrumadas", trago um belo de um escaldão ( e eu fartei-me de pôr protector, seriously).
Depois de 3 semanas a afeiçoar-me a uma tala no dedo, amanhã espero bem poder tirá-la, de vez - porque, digamos, andar com um saco de plástico na mão na praia, não é, de todo, muito agradável.
( Momento fail da noite de ontem: estava eu muito descontraidamente numa gelataria, a ver um sujeito a limpar a máquina dos gelados, e uma amiga minha repara num cartaz, que estava na parede, com a figura do Zé Camarinha e diz: "Eish, tinhamos mesmo de vir aqui, com tanto sítio para comer gelado, nesta rua? Não gosto nada deste tipo".
Qual não é o nosso espanto, quando o sujeito que estava a limpar a máquina dos gelados se vira, para nos atender, e surge-nos o próprio do zé camarinha à nossa frente.
Escusado será dizer que, depois de ter pronunciado aquelas palavras, a minha amiga amiga não teve coragem de dizer mais nada, e quem ganhou um gelado fui eu :b)
Não é novidade para ninguém que hoje tem estado um calor insuportável.
Eu até nem costumo lidar mal com variações bruscas de temperatura e etc., mas este calor, hoje, está-me a dar uma vontade de emigrar para o U.K. e de só cá voltar daqui por uns 3 meses, no mínimo.
De ano para ano, o Inverno tem vindo a tomar o lugar do Verão (e vice-versa) e as ondas de calor são cada vez mais intensas.
Mas é bem feita. Afinal, também temos umas quantas "culpas no cartório". Não preferimos andar de carro? Não deixamos as luzes, t.v., pc's ligados por esquecimento (ou simplesmente por desleixo)? Então pronto, a factura está a chegar.
Até lá alguém que me traga a praia para porta de casa, sff.