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Tens a loucura que a manhã ainda te traz

Este blog resume-se, basicamente, aos meus devaneios mentais.

Tens a loucura que a manhã ainda te traz

Este blog resume-se, basicamente, aos meus devaneios mentais.

29
Nov12

O dia acaba. E eu sigo. Signifique isso que significar.

Catarina Watson.

Pequena,

 

Por muito que batalhe contra as lágrimas que teimam em saltar, não consigo começar isto sem lhes ceder.

Faz tempo que eu não te falava, e mesmo assim tenho medo de falar.

Prefiro genéricos, não ter de te olhar nos olhos. Mas, no fundo, nada mais me pesa a consciência saber que não estás bem, que precisas de alguém que olhe por ti. A minha vontade é pegar-te ao colo, dar-te as carícias esquecidas por alguém.

Não quero saber de culpas. 

Eu própria sofro com isso. Duplamente: por ti, por ela, e, por último - caso reste algum tipo de sofrimento - por mim. 

E não me compreendem, ninguém. Não há nenhuma alma suficientemente minha que se predisponha a tal.

Desculpa-me por não ter paciência, desculpa-me por não demonstrar amar-te na medida da verdade.

Mas, acima de tudo, desculpa-a a ela, que nem tem noção do teu, nem do meu universo. Talvez até tenha, mas não faz uma mínima noção da sua dimensão.

 

 

Sempre tua,

 

C. Watson.

 

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21
Nov12

Sabem o que é que eu sinto? Nojo.

Catarina Watson.

Quando alguma situação saía da minha zona de conforto, eu resumia-me a: Contenção. De uma maneira, ou de outra, conseguia sempre perceber o porquê, ou saber como deveria reagir. Mas nunca tive a real noção da minha possessão.

Sempre disse "Tirem-me tudo, menos as minhas pessoas.". Mas tiraram, e não avisaram. Tiraram quando eu menos esperava, da maneira menos escrupulosa possível.

Nada mais revoltante do que saber que fui usada. Nojento, até.

Não me exijam nexo e coerência naquilo que escrevo neste momento, porque eu nem sei como hei de reagir. Simplesmente estou aqui, à espera que aconteça não sei muito bem o quê, que o tempo se encarregue do seu trabalho.

E nem quero que me devolvam nada. Façam bom proveito.

20
Nov12

De mim, para mim.

Catarina Watson.

Se há coisa em que falho, é na fidelidade a mim própria. Cheguei a um ponto em que a minha preserverança e ponto de equilibrio interior não são suficientes. Preciso de ampliar, preciso de espaço  - entenda-se, por isso, o que quer que seja.

A questão é que se trata de fracassar. Mas, como alguém me disse, "fracassar é bom". Significa que tentaste. Tentaste mudar alguma coisa, sair da zona de conforto. A partir daí quase que fazes o que quiseres, com quem quiseres, até inverter o sentido de rotação da terra.

Mas isto não é com os outros. É mesmo comigo. Esse é o problema: porque enquanto é com os outros, eu olho para mim e chega-me. Agora comigo, é completamente diferente. A única coisa que me resta é a minha sombra e, até isso, me abandona.

É por isso que me crucifixo a mim própria, porque quero ter orgulho em mim mesma, com o decorrer do tempo. Isto não me chega. "És capaz de muito mais do que aquilo que pensas". É verdade. Tem de ser verdade. Nem que para isso seja necessário sê-lo eu a provar.

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12
Nov12

Eu, renovada.

Catarina Watson.

E depois existem aqueles pequenos momentos que nos fazem pensar no quão ridículos somos. No tempo que desperdiçamos em guerras contra a rotina, ou contra as coisas mais ordinárias.

Momentos de uma simplicidade tal, mas que, simultaneamente, nos põem o coração a transbordar de felicidade. Já não me sentia assim há muito tempo. O tempo, aliás. Enquanto me fui deixando corroer pelo tempo, não reparei no óbvio, no simples, na felicidade genuina. E, se repararmos bem, é só disso que precisamos.

E não estou a escrever isto "num mundo cor de rosa", pelo contrário.

Só espero, sinceramente, que todos vocês conheçam alguém, ou experienciem alguma coisa que vos marque, que vos faça chorar de alegria, e que vos lembre que ainda há boas razões para viver, e tudo se torna melhor, quando suportado com um sorriso.

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05
Nov12

De voltaa

Catarina Watson.

Hoje o F. esteve cá em casa outra vez. Falámos durante uma hora, sem calar aquilo que queriamos mesmo dizer um ao outro, há muito tempo.

Ele voltou a confiar em mim, sei disso, ele próprio admitiu. No entanto, sei que, à mínima contrariedade, ele se esquecerá daquilo que "fiz" por ele, de como realmente sou, e deixar-se levar pela cegueira da sua inconstância.

Mas ele diz que não.

E eu prefiro fingir que acredito. Porque ele é daquelas pessoas que, apesar de extremamente sentimentais e insconstantes, é mesmo um grande amigo. Mas GRANDE.

E eu adoro-o por isso, e preciso dele por isso. 

De qualquer das formas, fiquei feliz por voltar a saborear o verdadeiro significado de "amizade" e isso é -me mais do que suficiente.


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