despacha-te que não tens tempo!
Se há coisa que admiro numa pessoa é a resiliência. Demonstra experiência, coragem, perspicácia, força de vontade. Talvez seja esta última que mais me fascina.
No entanto poucas (ou nenhumas) são as pessoas que conheço que NÃO se preocupam com o despertador, com o ter de acordar cedo para ir trabalhar, com aquela reunião chata, com as contas para pagar, com a consulta no médico, com o tempo que passa a correr e nunca chega para o que queremos, com as compras por fazer, com aquela festa que não apetece nada ir mas que se vai porque fica mal dizer que não.
Se pararmos para fazer uma análise introspetiva, reparamos que o que está por detrás de tudo isto são as nossas emoções e comportamentos. E isso trabalha-se. Molda-se. Muda-se; Porque um dos grandes problemas da nossa sociedade é, a meu ver, a tendência geral que temos para nos desvalorizarmos e entristecermos uns aos outros."Não tenho tempo para nada" "O quê, x em Portugal? Ah se fosse noutro país era muito melhor!" "Sobra sempre para o mesmo!" certamente que já ouviram afirmações do género mais do que uma vez, mas o que pergunto é: O que é que nós ganhamos com isso? Porque é que não "perdemos" tempo (que não perdemos) a pensar no que podemos melhorar em nós e nos outros, no que temos de bom, nas aprendizagens que podemos retirar dos desafios com que nos deparamos e nos focamos apenas naquilo que nos acontece e que nos causa angústia? É certo que o «bom» e o «mau», «felicidade» e «problemas» são termos impregnados de subjetividade, mas afinal de contas uma derrota também é necessária; É ela que nos mostra o final de vários sucessos e marca o inicio de outros.